É importante avaliar a complexidade envolvida durante a embocadura do instrumentista de sopro, que ocorre naturalmente para um músico experiente, mas leva tempo para que um aluno alcance a perfeição.
Os principais fatores de risco para os instrumentistas de cordas e de sopro estão relacionados ao peso do instrumento e o uso excessivo de certos músculos, podendo levar a distúrbios osteomusculares relacionados à execução do instrumento.
Quanto aos instrumentistas de sopro, a conseqüência de sua performance musical e sua relação com distúrbios osteomusculares podem ser o aparecimento ou desenvolvimento de uma DTM, associada à hiperatividade muscular ou mesmo um aumento da pressão intra-articular no funcionamento de a ATM, durante toda a atividade musical.
Essas condições podem ocorrer associadas às forças implementadas no bocal dos instrumentistas de sopro, onde sua embocadura está intimamente relacionada à biomecânica da ATM durante a performance.
Quando um instrumentista de sopro tem um desalinhamento dos dentes, haverá uma resposta natural e uma adaptação da embocadura.
Pode-se dizer que o bocal do músico é o espelho da embocadura do instrumentista, onde uma angulação mínima e leve na anatomia da borda incisal dos dentes é suficiente para mudar a posição do instrumento.
Em relação à presença de uma DTM neste instrumentista de sopro, as opções para o tratamento de uma DTM são: terapia cognitivo-comportamental, agulhamento seco, fisioterapia, uso de aparelhos intra-orais como placas oclusais e tratamento farmacológico.
Fonte: CLEMENTE et al. Wind Instrumentalists and Temporomandibular Disorder: From Diagnosis to Treatment. Dent. J. 2018, 6(3), 41)
Liliana Mores – Cirurgiã-Dentista CRO/SC 15297
Odontologia na Medicina do Sono
DTM & Dores Orofaciais, Bruxismos
Odontologia para Músicos
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