A Apnéia Obstrutiva do Sono (AOS), tem sido associada ao aumento de doenças cardiometabólicas e morte prematura e, embora altamente prevalente na população em geral, grande proporção de casos, principalmente em mulheres com sintomas leves ou nenhum sintoma, permanece não reconhecida e clinicamente subdiagnosticada.
Pesquisas recentes apontam uma associação entre AOS e risco de fraturas por meio de desarranjos no metabolismo ósseo. Dentre os mecanismos propostos estão:
- Hipóxia Intermitente (HI) pode levar à disfunção endotelial vascular e perturbação da angiogênese, causando a diminuição da perfusão óssea e perda óssea;
- Acidose que acorre após eventos de HI pode prejudicar os ossos;
- A AOS está associada à fragmentação do sono, que altera o sistema imunológico e amplifica as vias inflamatórias, aumentando a reabsorção óssea e suprimindo a formação óssea;
- O risco de fratura pode ser modulado por hormônios sexuais, pois fatores associados à menor exposição ao estrogênio foram associados ao aumento do risco de AOS, e menor nível de estrogênio está associado ao aumento do risco de fraturas;
- AOS pode aumentar o risco de fraturas devido à maior probabilidade de quedas, decorrente da sonolência diurna excessiva, um sintoma chave da AOS.
Fonte: Huang, T., Tworoger, S.S., Redline, S., Curhan, G.C. and Paik, J.M. (2020), Obstructive Sleep Apnea and Risk for Incident Vertebral and Hip Fracture in Women. J Bone Miner Res, 35: 2143-2150
Liliana Mores - Cirurgiã-Dentista CRO/SC15297
Odontologia na Medicina do Sono
DTM & Dores Orofaciais, Bruxismos
Odontologia para Músicos
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