Cerca de 70% das pessoas com demência em estágio inicial sofrem de distúrbios do sono. Os distúrbios incluem despertares noturnos, menor eficiência do sono, sonolência diurna excessiva e aumento da soneca durante o dia.
Tais distúrbios do sono podem surgir na doença em estágio inicial e estão associados ao grau de declínio cognitivo. Vários distúrbios do sono podem coexistir.
Os ritmos do sono-vigilia podem ser agravados em idosos com comprometimento cognitivo leve ou doença de Alzheimer. Com a progressão da demência, capacidade de manter o sono e a vigília são prejudicados, levando a distúrbios circadianos.
Evidências crescentes sugerem uma ligação bidirecional entre distúrbios do sono e declínio cognitivo. Alguns estudos recentes focaram na relação bidirecional entre sono e cognição, com forte interesse em como os distúrbios do sono levam ao declínio cognitivo.
Anormalidades do sono aparecem antes do início clínico da doença de Alzheimer e a privação do sono facilita o acúmulo de β-amiloide, potencializando o declínio cognitivo precoce e conversão para doença de Alzheimer.
Os distúrbios do sono podem contribuir para o declínio cognitivo por meio das vias de neuroinflamação e alterações em neurotransmissores específicos, esses mecanismos apesar de pouco compreendidos, podem ser modificados por fatores individuais como sexo, genética, depressão e medicações.
Evidências sugerem que o sono é um alvo modificável importante para o desenvolvimento de estratégias para tratar o declínio da memória ou reduzir os riscos de demência.
Fonte: CARTER, P. et al. Sleep and Memory: The Promise of Precision Medicine, Sleep Medicine Clinics, v. 14, n. 3, p. 371-378, 2019
Liliana Mores - Cirurgiã-dentista CRO/SC 15297
Odontologia na Medicina do Sono
DTM & Dores Ororfaciais, Bruxismos
Odontologia para Músicos
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